Interdisciplinaridade e os Jargões Sistemáticos
O que alguns chamam de interdisciplinaridade, hoje, a mim parece uma mera aproximação de textos de natureza sistemática. Em outras palavras, o falar sistemático de várias pessoas acerca de um tema, título de um projeto chamado de interdisciplinar não é por si só um fazer interdisciplinar.
A interdisciplinaridade há de ser um funcionamento homeostático entre os diversos agentes do ensino. Em contrapartida, dá para imaginar um diálogo, uma prosopopeia, entre os diversos órgãos do corpo, tentando decidir qual deles é o mais importante para o funcionamento harmônico do organismo. Fazendo um paralelo, o que se afirmou durante anos, na prática pedagógica, é que a Matemática e o Estudo da Linguagem são os Sistemas Nervoso e Circulatório do organismo chamado Ensino.
Tentem imaginar o corpo humano funcionando sem o sistema linfático ou excretor.No corpo não há órgão mais importante. Não existe órgão que se sobressai. Todos procuram um funcionamento homeostático. Todos possuem uma auto-dependência. Eles se misturam a ponto de não serem separáveis.
Assim imagino a interdisciplinaridade. Requer um novo pensamento por parte dos agentes. Não mais com as raízes da sistematização pedagógica, mas com um “filosofar”. Filosofia, que vai muito além do “ser amigo do saber”, e tem como marca o fato de “amigos pensarem juntos” para buscar soluções. É preciso abandonar as amarras do pensamento pronto, quer por fatores sistemáticos educacionais, quer por eclesiásticos ou por tradições. Isto não é abandoná-los, mas “colocá-los um pouquinho de lado” para que o diálogo seja possível e imparcial.
Acredito que um bom trabalho interdisciplinar é aquele onde não haja “jargões sistemáticos”, por exemplo, quando em vez de mencionarmos termos como “MDC e MMC”, deixamos clara sua funcionalidade atrelada a situações. Em vez de dizermos os nomes de “gêneros textuais”, deixemos claro, que o uso da Língua deve se adaptar às diversas situações e agentes. Isto faz lembrar uma citação em que alguém, após ser perguntado sobre qual era a sua função na empresa, respondeu ser o Agente de Comunicações Interdepartamentais. Em outras palavras, era apenas o mensageiro da empresa. Assim deve ser com o ensino. A simplicidade dos termos coopera com a democratização do saber. Uma aproximação do Doxa e do Saber Científico facilita a ação interdisciplinar e o diálogo multidisciplinar. Ah... Doxa nada mais é que o senso comum... aquilo que as pessoas, ditas comuns, costumam dizer.
Como será que os filósofos antigos dariam uma aula hoje?
Vamos conversar sobre isto?
Prof. Gilberto Apolonio Barbosa
O que alguns chamam de interdisciplinaridade, hoje, a mim parece uma mera aproximação de textos de natureza sistemática. Em outras palavras, o falar sistemático de várias pessoas acerca de um tema, título de um projeto chamado de interdisciplinar não é por si só um fazer interdisciplinar.
A interdisciplinaridade há de ser um funcionamento homeostático entre os diversos agentes do ensino. Em contrapartida, dá para imaginar um diálogo, uma prosopopeia, entre os diversos órgãos do corpo, tentando decidir qual deles é o mais importante para o funcionamento harmônico do organismo. Fazendo um paralelo, o que se afirmou durante anos, na prática pedagógica, é que a Matemática e o Estudo da Linguagem são os Sistemas Nervoso e Circulatório do organismo chamado Ensino.
Tentem imaginar o corpo humano funcionando sem o sistema linfático ou excretor.No corpo não há órgão mais importante. Não existe órgão que se sobressai. Todos procuram um funcionamento homeostático. Todos possuem uma auto-dependência. Eles se misturam a ponto de não serem separáveis.
Assim imagino a interdisciplinaridade. Requer um novo pensamento por parte dos agentes. Não mais com as raízes da sistematização pedagógica, mas com um “filosofar”. Filosofia, que vai muito além do “ser amigo do saber”, e tem como marca o fato de “amigos pensarem juntos” para buscar soluções. É preciso abandonar as amarras do pensamento pronto, quer por fatores sistemáticos educacionais, quer por eclesiásticos ou por tradições. Isto não é abandoná-los, mas “colocá-los um pouquinho de lado” para que o diálogo seja possível e imparcial.
Acredito que um bom trabalho interdisciplinar é aquele onde não haja “jargões sistemáticos”, por exemplo, quando em vez de mencionarmos termos como “MDC e MMC”, deixamos clara sua funcionalidade atrelada a situações. Em vez de dizermos os nomes de “gêneros textuais”, deixemos claro, que o uso da Língua deve se adaptar às diversas situações e agentes. Isto faz lembrar uma citação em que alguém, após ser perguntado sobre qual era a sua função na empresa, respondeu ser o Agente de Comunicações Interdepartamentais. Em outras palavras, era apenas o mensageiro da empresa. Assim deve ser com o ensino. A simplicidade dos termos coopera com a democratização do saber. Uma aproximação do Doxa e do Saber Científico facilita a ação interdisciplinar e o diálogo multidisciplinar. Ah... Doxa nada mais é que o senso comum... aquilo que as pessoas, ditas comuns, costumam dizer.
Como será que os filósofos antigos dariam uma aula hoje?
Vamos conversar sobre isto?
Prof. Gilberto Apolonio Barbosa
📌Webinário: "Matemática e Geometria, rimam com poesia." (04/07) 15h
📌 Quem: Prof. Gilberto Apolonio Barbosa
📌 Quando: (04/07) 15h
📌 Onde: Google meet
👉 Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdzGqGDT4VOzzX_urC6Z9fpWHqhsiiV1QFIn9_2J8izuMkRQA/viewform
📌 Quem: Prof. Gilberto Apolonio Barbosa
📌 Quando: (04/07) 15h
📌 Onde: Google meet
👉 Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdzGqGDT4VOzzX_urC6Z9fpWHqhsiiV1QFIn9_2J8izuMkRQA/viewform
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